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Plasma de quarks e glúons
A cromodinâmica quântica (QCD) é a teoria que descreve a interação forte, uma força fundamental que descreve as interações entre quarks e glúons. Quarks são as partículas fundamentais que se agrupam para formar prótons e nêutrons, enquanto glúons são os mediadores da força que mantém os quarks unidos dentro de prótons, nêutrons e outros hádrons.
Um estado fascinante da matéria relacionado à QCD é o plasma de quarks e glúons (QGP). O plasma de quarks e glúons é um estado no qual quarks e glúons, que normalmente estão confinados dentro de hádrons, se movem livremente em um meio térmico de alta densidade de energia e temperatura. Compreender este estado ajuda os físicos a explorar os momentos iniciais do universo após o Big Bang, quando condições semelhantes existiam.
Vamos examinar mais profundamente o conceito de plasma de quarks e glúons, aprender como ele surge, qual é seu significado e o que ele nos ensina sobre o universo e a matéria.
Criação do plasma de quarks e glúons
Em condições normais, quarks estão confinados dentro dos hádrons devido a uma propriedade chamada "confinamento de cor". No entanto, em temperaturas e densidades de energia extremamente altas, como em colisões de íons pesados, os quarks e glúons não estão mais confinados e formam um plasma. Esta situação é descrita pela teoria da QCD em que os graus de liberdade de cor se tornam assimptoticamente livres, um fenômeno chamado "liberdade assintótica".
Para visualizar o plasma de quarks e glúons, considere como a matéria muda entre os estados sólido, líquido e gasoso sob temperatura crescente:
Sólido → Líquido → Gás → Plasma
No campo das partículas:
hádrons → plasma de quarks e glúons
Essa transição para o plasma de quarks e glúons envolve alcançar temperaturas superiores a dois trilhões de Kelvin, que é muito mais alta do que qualquer temperatura encontrada na natureza, exceto no início do universo.
Criação experimental do plasma de quarks e glúons
O plasma de quarks e glúons é testado em laboratórios usando colisões de íons pesados. Instalações como o Large Hadron Collider (LHC) no CERN, na Suíça, e o Relativistic Heavy Ion Collider (RHIC) no Brookhaven National Laboratory nos EUA colidem íons pesados como ouro ou chumbo a quase a velocidade da luz para recriar essas condições extremas.
Aqui está uma ilustração simplificada de como ocorrem as colisões de íons pesados:
Íon de Ouro → ← Íon de Ouro _Confronto_/ _Criação de plasma de quarks e glúons_/
Quando essas colisões ocorrem, a energia cinética é convertida em calor, criando uma pequena bola de fogo na qual os quarks e glúons existem independentemente por apenas uma fração de segundo, após o qual eles esfriam e se recompõem em partículas detectáveis pelo colisor.
Importância do plasma de quarks e glúons
O estudo do plasma de quarks e glúons fornece informações sobre:
- Condições do universo primitivo: Ao recriar as condições extremas de temperatura e densidade que ocorreram apenas alguns microssegundos após o Big Bang, os físicos podem estudar as propriedades e a evolução do universo primitivo.
- Compreensão da força forte: Estudar como quarks e glúons se comportam quando não estão confinados nos hádrons dá aos cientistas insights sobre a natureza da força forte e do confinamento.
- Transições de fase: Compreender a transição da matéria hadrônica para o plasma de quarks e glúons e vice-versa aumenta nosso conhecimento sobre transições de fase relacionadas à QCD.
Características do plasma de quarks e glúons
O QGP exibe várias propriedades únicas:
- Fluidez perfeita: Apesar de ser composto por quarks e glúons livres, o plasma de quarks e glúons se comporta como um fluido quase perfeito, com viscosidade extremamente baixa.
- Fluxo de massa: O plasma produzido exibe fluxo anisotrópico, que forma padrões semelhantes aos vistos na dinâmica de fluidos.
- Supressão de jatos: As partículas de alta energia produzidas na colisão, chamadas jatos, perdem sua energia ao passar pelo QGP, o que pode ser observado como supressão de jatos.
A equação que descreve a relação entre pressão (P
), densidade de energia ((epsilon)
) e temperatura (T
) no QGP pode ser expressa como:
P = c_s^2 times epsilon
onde c_s
é a velocidade do som no plasma de quarks e glúons, e (c_s approx 1/sqrt{3})
.
Visualizações e exemplos
Aqui está uma ilustração simplificada de como quarks e glúons se movem dentro do QGP:
, |Q | |Q' | |G | g | g | q' | → movimento livre +--+ +--+ +--+ com glúons Quark de hádron plasma de quarks e glúons
Quarks em hádrons estão fortemente ligados aos glúons e trocam forças. No QGP, eles são livres para se moverem sem qualquer ligação.
Conclusão
O estudo do plasma de quarks e glúons é um componente crucial da física moderna e da cosmologia. Explorar o QGP ajuda os cientistas a recriar as condições do Big Bang e a compreender melhor o comportamento da matéria nas menores escalas. Com experimentos em andamento em colisores ao redor do mundo, a busca por compreender o QGP continua, prometendo maiores insights sobre questões profundas sobre o início do universo e as forças que governam as partículas subatômicas.